Portugal sentido
MAIOR que NÓS, humildes mortais,
este gigante
glorificação de um povo e semideus radiante.
guerreiros e pastores, lavrador e soldado,
seu território estendeu, desbravando, legado
nesta pátria... E que pátria! A mais formidável e linda
que nem ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos resplandecentes de milhos e trigos dourados;
hortas de elixires; verduras namorando frutos de pecados;
bandos de pardais, melros, minhafres, alvoroço de andorinhas;
nas vinhas, nos medronheiros pombais: por montes e adivinhas;
glorificação de um povo e semideus radiante.
guerreiros e pastores, lavrador e soldado,
seu território estendeu, desbravando, legado
nesta pátria... E que pátria! A mais formidável e linda
que nem ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos resplandecentes de milhos e trigos dourados;
hortas de elixires; verduras namorando frutos de pecados;
bandos de pardais, melros, minhafres, alvoroço de andorinhas;
nas vinhas, nos medronheiros pombais: por montes e adivinhas;
Por gados néscios pastando cores,
nas encostas dolosas
por cheiros de sol, cheiros de mel, cheiros de rosas;
por florestas infecundas, nevados pináculos ou lameiros
por olivais; por arrozais, lezírias, peneplanícies ou carreiros
por rios, por engenho gemendo, por noras, azenhas choradas;
nas eiras de sonho, grutas de génios e por contos fadas:
por risadas, fartura, amores, harmonias. a Juventude:
por chãos perdidos, mas achados por um povo rude,
por cheiros de sol, cheiros de mel, cheiros de rosas;
por florestas infecundas, nevados pináculos ou lameiros
por olivais; por arrozais, lezírias, peneplanícies ou carreiros
por rios, por engenho gemendo, por noras, azenhas choradas;
nas eiras de sonho, grutas de génios e por contos fadas:
por risadas, fartura, amores, harmonias. a Juventude:
por chãos perdidos, mas achados por um povo rude,
Pelo mar cantado, nas quadras de
um poeta endiabrado
Pelo caminho achado, pelo nome
aclamado
Portucale…
Esse imenso vale, matriz de povo
nascido
Portugal. Pátria… Portugal
sentido
Um povo de memórias, de heróis, de enormes abraços
pregando a graça de Deus pelos mares de cansaços
Pátria erigida por lavradores e guerreiros, as aldeias
protetorado defendido por torreões de ameias.
por cada homem um castelo e nas cidades certezas
quer por muralhas, bastiões, barbacãs ou fortalezas;
espalhando a fé, o vigor, orgulho e contentamento,
por vertiginosas catedrais ou cúpulas maiores de convento,
campanários de igrejas humildes, elevados à luz,
num abraço infinito, dois braços julgados da cruz!
daquele herói imortal, que doutrinou as consciências
viveu deixando filosofias, para os povos de inocências…
pátria, de paz fácil, magnânima, de piedade atroz regia e justa
sob brasões, espadas e balas o arado a lança, oh! pátria augusta!
palidez árida, mas resplendorosa no ocaso dos dias
di-lo-íeis, bem longe desses montes encantados das judias
viram o prestes João, ermitão misterioso, católico vidente,
por terras de além-mar, o proselítico pintor de fé de outro continente
O mar é” nostrum” Ondas da
história! mundos novos
por plantas e bichos nunca vistos, que diferentes povos,
ilhas verdejantes além... para além dessa bruma,
demandas de aurora boreal, embaladas de espuma!
por plantas e bichos nunca vistos, que diferentes povos,
ilhas verdejantes além... para além dessa bruma,
demandas de aurora boreal, embaladas de espuma!
Mare Clausum, viajados por ventos e janelas
numa nau ligeira, ao vento bufando nas velas,
procuro riqueza nas ilhas de ouros fulminantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
o mostrengo não existe! topázios e esmeraldas, sim!
neste mar tenebroso busco o Olimpo mais que de mim!
Aquelas Ninfas, sexuais, de
beijos de âmbar e de mel!
As nuvens como frotas ou flocos de amor, num
anel!
navegando por silêncios, brisas de Portugal sentido
– vou com elas...fugo, para Portugal Não! serei advertido!
O tritão louco do tridente em punho, tentou-me matar
abateu-se -lhe tragedia impiedosa, no seio familiar,
há mil anos guardando o ninho e as suas purezas
Marinheiro galanteador, rompeu- a
nas safadezas
Um dia de um tronco fez-se uma nau veleira,
Com anjo à proa, e cruz de Cristo
na bandeira...
Manhãs de heróis... levantaram ancoras e ferro... almas de visionários,
sobre essas águas de Deus foram a bolina, cumprir seus fadários.
Multidões aplaudindo no cais, grafavam em romarias de espanto.
Os Velhos do restelo com barbas centenárias e rostos em pranto,
braços estendidos exultam camões, onde estás poeta de Portugal?
Por mim não voltaria jamais, jamais da índia, jamais do império colossal!
A nau barquinha, vai sulcando a vastidão imensa,-“ terra a vista” !!!
“Gritam os marujos” vê-se o cais ao longe lugar encantado e alquimista
Voltamos ao ponto da quimera, olhando a saudade, trazendo mais mundo
Nosso rumo foi pela luz, encontramos Zeus e Neptuno guiaram-nos ao segundo
vénus e as sirénidas abraçara-nos num murmúrio doce canto
Com ouros, ébano , marfins, e coisas, e espelhos, como manto,
voltamos sãos , salvos e sábios, como havia mos prometido…
diamantes sagrados, filhos de Portugal, filhos de Portugal sentido.
Escrito por Hernâni Guedes.
“Com o Reis na Barriga, venham adorar o menino
Declamado por delfina silva «delfa»
Em 12 janeiro 2019 “
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