Esquadras de são João
Há festa meu povo
nobre
nesta noite dos orvalhos fazemos de ricos sendo pobres, comendo pão, sardinha e carne dos talhos |
Menina que se casa
com um mais velho faz asneira queima-se a lenha, fica a brasa E nem chega a haver fogueira!... |
Homens não pedem
licença
havendo sede, vão beber
Mulher cora de
impaciência
bebe só! ajuda a
esquecer.
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Conto espaços e
bailei
Saltei fogueiras sem conta... Dei conta agora e já sei Que a espaços a mais me pôs de revolta |
Há grandes
sensações,
no S. João de noitinha D'uns olhos sobem balões D'outros caem morrinha |
Que mistérios de
sexos
Nesta noite de belezas: não falta o pão, nem nexos abre-se o punho de safadezas |
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Eu contigo fico
aflito
não és normal, és um acaso Regaste me hoje o manjerico, Já pensas mudar-me o vaso?... |
Contaram-me os calhaus
da nossa rua
que em breve viria novo dia, que a melhor brasa da noite era a tua: e que reinaria por magia… |
Da noite estende se
o luar
por os teus olhos sobe magia São dos balões a brilhar Mais belos que a luz do dia |
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Se o trevo da sorte
achar
mais trevo da sorte quero; Porque não hei de ficar Com a sorte e azar que já desespero |
Fogueira nem sempre
é donzela
perdeu a divindade fugiu pela mata aqueci-me bem junto a ela, E agora quer mais e não de mim que ingrata… |
Mas que cognome o
divino,
S. João, procura menina na cidade Conta- se a almas de menino Num corpo virgem daquela idade! |
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Que noite tão
tripeira,
que encruzilhadas ele promoveu: Tu, pulas a cerca e a fogueira, e quem explica a tua mulher, sou eu... |
Cascatas das orgias
dos mundos
São vesúvios sem destinos São sonhos por segundos em noites de peregrinos |
Não amaldiçoe quem,
pela vida,
caiu, de passos maldados, Até os balões na vertigem da subida, Gostam de ser amparados… |
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Este coração é um
balão a arder
como olhos na braseira a brilhar E a noite é água a correr Em que o são João nos vai batizar |
Desfrutemos sempre
o presente.
S. João, dai-nos um sabonete O passado é rusga ausente. Futuro... será uma lava molete |
O S. João
aperaltou-se;
Pôs o cordeiro a pastar e a pastar Pôs um cravo, na lapela esmerou-se Foi rua deste mundo brincar… |
Parece que o tempo
voa;
Balões, o baile, alegria; A braseira ainda está boa: Mais um bufo e já é dia. |
jogamos tudo porque
agora já é verão
Em teu louvor na noitada, de povo à míngua por diversão A brincar sob olhar daquela da pequenada |
Uma cascata é uma
tela em fundo,
sobre um cavalete estranho e singular; O oleiro faz nascer aquele mundo, sabendo que não o poderá mudar... |
||
Se o povo não se
exalta
Nem São João vai ficar, Que os santinhos não fugam da cascata evitemos por isso, esta febre de emigrar. |
Na rusga de cravo
ao peito
Avôs e netos a brincar. São dois balões a preceito: Um subindo, outro a baixar! |
Quando assaltas a
braseira
E mostras fome e manjerico, De nada vale a choradeira com a bolinha a assar, espera se não ardes no bico |
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Do barro nascem
figuras tradicionais
são desde essa data, figuras do porto em cascatas medievais, gentes de nome e valor zorto que inspira, até os vendavais |
A saudade toma
conta que do resta
de uma braseira ou fogueira apagada, cambaleando vimos de uma festa trazendo cheiros e muita martelada
a
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S. João é dos
engenheiros
ganham a vida ao projeto com maioria seu lema são os dinheiros é reinará com folga até ser da confraria. |
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Vês este cravo
avermelhado
como é feliz meu amor: Tantas vezes foi calcado E nunca mudou de cor!... |
Não fui de barriga
vazia
Dentro dela levei mágoa, Da fonte trouxe alegria Troquei a mágoa por água. |
Esta vida é uma
cascata
Que anda em construção Por ela toda gente se farta sobrevive- se de pura ilusão |
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Mais que santos de
Igreja
É do Porto a festa S. João, por cá todo o povo o festeja seja mouro, judeu ou cristão. |
Trevos da sorte na
confraria
gente boa, doce, inspiração momentos de sorte e alegria pobres, mas ricos de coração |
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Sob tocha de S.
João, que caso.
Sou solteiro e estou contente... É na mudança de vaso Que o manjerico mais sente!... |
Sais de mansinho e
eu fico
a cismar se, por ocaso, Teu viçoso manjerico Não tem rega noutro vaso! |
Cá na tocha há uma
data
onde se pede para festejar convívios depois da cascata, deep fellings a chegar. |
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Não me espreites de
maneira
Que me impeça respirar. Lembra-te, amor, que a braseira Só arde se tiver ar!... |
Num braseiro com
arte
Toda uma vida se entende, Com ele, a vida se reparte
Esperando sardinha
ou cherne
|
S. João, a
confraria é tua
Não queiras fazê-la a sós. Junta-te aos santos da rua... Que não dão ponto sem nós. |
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Dancemos, pois, com
arte
bem depois do papo cheio Com dj nano e dj Duarte não tenham medo de parecer feio
.
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solteiros, aqui
ninguém é,
dancem com novo par misturem-se, batam o pé
Com boa música no
ar…
|
Vamos ver balões em
subida
Mostrando ao mundo a fachada, Faz lembrar os que na vida Sobem cheiinhos de nada!... |
||
Quando a confraria
bailar
Com a saia de balão, Até as nuvens do ar Querem ser pedras do chão. |
Para a tocha quem
quiser
danças daquele gago me dou; Se eu fosse como alguém quer Nunca mais era quem sou!... |
Cuidado com os
confrades
que brincam junto à fogueira: Pode o santo pôr-vos frades E sai cara a brincadeira. |
||
Bebendo muito
estraga a festa
queiram vocês muita lenha para dar ao serrote
Bebam bem, mas de
forma modesta ansiando que a bebida não vos faça um garrote
|
Miúdos homens do
profundo
estamos a ir embora deste serão gostávamos de levar o mundo Preso no fio da mão. |
Na dança trocaste
as voltas
Toquei em seguida neste violão mais a frente acertámos as tochas vamos para o desfile, vocês todos bom S. JOAO |
escrito
Hernani guedes
declamado por : daniela gudes,celia guimaraes, sandro pacheco,diana almeida, mjoao nunes,paula fernandes,duarte almeida,sonia ferreira,ruben,manuel dimas almeida,rosa loureiro, paulo alves,eduardo guedes, paulo fernandes
declamado por : daniela gudes,celia guimaraes, sandro pacheco,diana almeida, mjoao nunes,paula fernandes,duarte almeida,sonia ferreira,ruben,manuel dimas almeida,rosa loureiro, paulo alves,eduardo guedes, paulo fernandes
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