domingo, 9 de agosto de 2020

 Pedras sabias


Percorrendo atalhos perdi-me

em paredes e veredas

Dei-me conta daquelas pedras

Limitei-me a ouvi-las

Corrigi o pensador

Abracei-lhes no tremor…


Nobres figuras, rudes, austeras

Mas cultas e contadoras de feras

Gostam do musgo e dos líquenes

Também da chuva e dos sapiens


O almejo do fruto de pedras

O canto do aborígene primaz

Constância evolutiva de Graz

A pedra gasta, mas sábia

O pincel de plumas breves

Cinge tenacidade

Estoica e rebuscada naquele desenho

De sonhos épicos e incomensuráveis

Com rugas anelares e de martelos

Carregadores milenares

Homens bravos e poéticos

Levitadores de pedras e sonhos

Simbolismo

Limiares últimos e de fronteiras

Desalinhadas em …. Fim…


Aquela robustez assenta em poemas feitos

Por gigantes e titãs cansados de serem grandes

e segurarem mundos nas suas costas longínquas

alicerces de sapiência em força bruta e gritos

esquecidos… ui custa tanto ser

desalinhado…


fuga meu humilde servo o gaio

sobe e desde e pousa no muro

foge sempre do esturro

sabes cantei-te o surreal

das pedras e rochas

que choram sozinhas…


tamanho alvoroço, caiem e choram mais

sobre lamentos, pequenos e gigantes

cai e caiem mais, estas pedras nem assoberbam

elas choram mas riem de conformidade …


escrito por hernani guedes 

periodo de confinamento convivio virtual tocha


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