Pedras sabias
Percorrendo atalhos perdi-me
em paredes e veredas
Dei-me conta daquelas pedras
Limitei-me a ouvi-las
Corrigi o pensador
Abracei-lhes no tremor…
Nobres figuras, rudes, austeras
Mas cultas e contadoras de feras
Gostam do musgo e dos líquenes
Também da chuva e dos sapiens
O almejo do fruto de pedras
O canto do aborígene primaz
Constância evolutiva de Graz
A pedra gasta, mas sábia
O pincel de plumas breves
Cinge tenacidade
Estoica e rebuscada naquele desenho
De sonhos épicos e incomensuráveis
Com rugas anelares e de martelos
Carregadores milenares
Homens bravos e poéticos
Levitadores de pedras e sonhos
Simbolismo
Limiares últimos e de fronteiras
Desalinhadas em …. Fim…
Aquela robustez assenta em poemas feitos
Por gigantes e titãs cansados de serem grandes
e segurarem mundos nas suas costas longínquas
alicerces de sapiência em força bruta e gritos
esquecidos… ui custa tanto ser
desalinhado…
fuga meu humilde servo o gaio
sobe e desde e pousa no muro
foge sempre do esturro
sabes cantei-te o surreal
das pedras e rochas
que choram sozinhas…
tamanho alvoroço, caiem e choram mais
sobre lamentos, pequenos e gigantes
cai e caiem mais, estas pedras nem assoberbam
elas choram mas riem de conformidade …
escrito por hernani guedes
periodo de confinamento convivio virtual tocha
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